Talvez você já tenha vivenciado a seguinte situação: taquicardia, palpitação, sudorese, tremor, podendo estar acompanhado de visão turva, cefaleia (dor de cabeça) e confusão mental. A sensação é quase morte não é mesmo?
Apesar de ser algo, aparentemente, de fácil solução (o que pode ser, de fato), a hipoglicemia merece atenção, visto os diversos agravos que podem ser gerados a partir desse quadro.
Primeiramente, o que é hipoglicemia?
É uma situação clínica em que o nível de glicose no sangue está muito baixo, sendo uma das complicações agudas mais graves do DM1. É caracterizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes como nível de glicose sanguínea, inferiores a 70mg/dl, em que os pacientes podem, ou não, sentirem os sintomas clássicos. É importante lembrar que a hipoglicemia não acontece apenas com pacientes diabéticos, mas são estes os pacientes mais afetados.
Os sinais e sintomas podem variar de acordo com o organismo do indivíduo e com seu nível glicêmico, que deve ser normalizado o mais rápido possível. É importante diagnóstico precoce e rápida intervenção e resolução pois níveis séricos (sanguíneos) de glicose abaixo de 30 mg/dL podem causar coma e em níveis inferiores, dano cerebral permanente ou até morte.
O que pode causar hipoglicemia?
Conhecendo o conceito de hipoglicemia, é lógico afirmar que as causas podem estar relacionadas à falta de fornecimento de glicose para o organismo ou ao grande consumo dessa glicose, gerando um desequilíbrio. A partir desse raciocínio, são algumas das possíveis causas:
- Alimentação insuficiente, que não atende à demanda metabólica do indivíduo.
- Erros no cálculo da dose da insulina.
- Exercício físico intenso não programado.
A hipoglicemia exige tratamento rápido e fácil, podendo seguir os seguintes passos:
- Consuma 15 a 20 gramas de carboidratos, preferencialmente os mais simples como açúcar (uma colher de sopa, dissolvida em água), uma colher de sopa de mel (lembrando que mel não é permitido para crianças menores de um ano), um copo de 200 ml de refrigerante comum (não diet), 1 copo de suco de laranja integral, entre outros.
- Verifique sua glicose depois de 15 minutos
- Se continuar baixa repita o consumo de carboidrato.
- Continue checando em 15 minutos.
- Assim que a taxa normalizar faça um pequeno lanche caso sua refeição esteja planejada para dali a uma ou duas horas.
É sempre muito importante manter o monitoramento glicêmico (fazendo ponta de dedo – glicosímetro), além de realizar o tratamento adequado ao DM1, para que assim que você consiga identificar os sinais e sintomas quando eles aparecerem.
Atenção! Pode existir hipoglicemia assintomática.
Pode ocorrer:
Quando a pessoa está acostumada a ter a glicemia baixa e seus neurônios se adaptam e assim a sensibilidade aos sintomas é reduzida. Isso é muito perigoso pois o nível de sangue pode cair bem abaixo de 70 mg/dl e mesmo assim não haver sintomas perceptíveis.
Referências:
- http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/consenso_bras_diabetes.pdf
- https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/hipoglicemia
- Abordagem das principais causas de hipoglicemias nos pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1 – http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/6mostra/artigos/SAUDE/CHARLENE%20OLIVEIRA%20COSTA%20MORAES.pdf
- Molina, Patricia E. Fisiologia endócrina. ed. São Paulo: AMGH, 2014.
- Barrett, Kim E., et al. Fisiologia médica de Ganong. AMGH Editora, 2014.